🔁 Ctrl+Z: erros que continuamos repetindo no design de fintech

“Mova-se rápido e quebre coisas” parecia mais legal antes de começarmos a roubar o dinheiro das pessoas.

🚪 A Fintech prometeu o futuro — mas às vezes entrega 2007

Design em fintech é estranho.
Estamos criando aplicativos para uma economia hiperconectada e em tempo real, mas muitos deles ainda parecem o Windows Vista com um formulário de cartão aparafusado.

Os padrões de UX são reciclados, a integração é complicada demais e até mesmo alguns dos aplicativos mais inteligentes são culpados de esconder a funcionalidade real cinco modais e uma página de configurações confusa.

A pior parte?
Continuamos fazendo as mesmas coisas. De novo e de novo. Vamos bater Ctrl+Z sobre alguns dos maiores pecados do design.

❌ Erro #1: Projetar para conformidade, não para pessoas

Nós entendemos. A fintech é um espaço regulamentado.
Mas projetar um fluxo de KYC como se fosse uma sala de interrogatório do governo não conquistará confiança.

• 14 campos na primeira tela
• Três uploads de ID
• Um botão giratório de carregamento que parece estar repensando suas escolhas de vida

💡 Correção: Projete fluxos KYC com divulgação progressiva.
Explique por que você está perguntando, mostre progresso e não se sobrecarregue.

🔒 Erro #2: Teatro de segurança em vez de UX real

Fazer com que os usuários digitem novamente a senha, depois o 2FA, confirme um link de e-mail e... resolva um CAPTCHA com sinais de trânsito embaçados não é “seguro” — é hostil.

Sim, queremos aplicativos seguros. Mas uma boa experiência de usuário e segurança não são inimigos.

💡 Correção: Use biometria, autenticação baseada em dispositivo e recurso alternativo inteligente. Torne a segurança invisível — não dolorosa.

🗺️ Erro #3: Sem integração = Sem chance

“Descubra você mesmo” não é um princípio de design.
Muitos aplicativos de fintech colocam os usuários em uma interface complexa com contexto zero.

• Nenhuma explicação sobre os tipos de conta
• Nenhuma demonstração de como as transações funcionam
• Sem turnê. Sem dica de ferramenta. Sem amor.

💡 Correção: Trate a integração como uma narrativa de produto.
Ajude os usuários a sentirem esperta, não está confuso.

📉 Erro #4: Tratar a UX como se fosse “apenas UI”

Os botões não são UX. As cores não são estratégia.
Os produtos Fintech geralmente projetam demais a superfície, enquanto negligenciando fluxos, lógica e ciclos de feedback.

Você pode ter o modo escuro mais elegante do mundo, mas se forem necessárias 6 etapas para enviar dinheiro, seu aplicativo ainda é uma porcaria.

💡 Correção: UX = empatia + interação. Retroceda a partir da ação que você deseja que o usuário conclua.

🧮 Erro #5: Nenhum teste real — apenas a lógica do fundador

O CEO gostou. Os investidores acenaram com a cabeça. Os desenvolvedores o enviaram.
Ninguém perguntou: Isso faz sentido para uma pessoa real às 7h de uma segunda-feira com 4% de bateria?

💡 Correção: Converse com os usuários. Teste protótipos de baixa fidelidade. Veja pessoas reais falharem e aprenda.

🧠 Por que isso é importante

As pessoas não se lembram dos produtos.
Eles se lembram sentimentos. E quando você está lidando com o dinheiro deles, o atrito parece uma traição.

Se quisermos criar uma fintech na qual as pessoas confiem — e recomendem — precisamos parar de reciclar pecados de design que nunca foram bons para começar.

Menos atrito.
Mais clareza.
E talvez, apenas talvez... um pouco de prazer.

O design da Fintech precisa de seu próprio momento Ctrl+Z.

✅ Reduzir etapas
✅ Explique as decisões
✅ Respeite o tempo
✅ Projete com confiança
✅ E, por favor, teste-o fora do seu escritório

Porque o dinheiro merece uma experiência de usuário melhor do que um formulário governamental com botões de gradiente.

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